Vereadora do PSOL compara traficantes a “trabalhadores megaexplorados”

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Em discurso na Câmara de Porto Alegre, Karen Santos (PSOL) criticou operação no RJ e defendeu que droga é “mercadoria como qualquer outra”.

Uma declaração da vereadora Karen Santos (PSOL), da Câmara Municipal de Porto Alegre (RS), gerou intensa repercussão nesta semana. Durante a sessão plenária da última quarta-feira (29 de maio), a parlamentar afirmou que os indivíduos que atuam no tráfico de drogas são “trabalhadores megaexplorados”.
O discurso foi proferido em um contexto de crítica a uma megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28). A vereadora comparou os entorpecentes a produtos de consumo legalizados, argumentando contra o atual modelo de proibição.

A Comparação com Mercadorias

No centro de sua fala, a parlamentar defendeu que o tratamento dado às drogas é o que gera o problema. “Droga é uma mercadoria como qualquer outra, assim como a gente tem o álcool que é legalizado, assim como a gente tem o cigarro que é legalizado, assim como a gente tem o açúcar, o café e outros medicamentos tarja preta”, declarou Karen Santos da tribuna.
Segundo a vereadora, a proibição beneficia grandes esquemas financeiros, enquanto prejudica os indivíduos na base da cadeia criminosa.

A Tese da Exploração Capitalista

Karen Santos argumentou que o modelo proibicionista permite que o capitalismo explore os envolvidos no tráfico. “É muito interessante para o capitalismo superexplorar essa cadeia produtiva das pessoas que plantam, das pessoas que embalam, das pessoas que fazem o translado até chegar no varejo, lá na ponta, na biqueira”, afirmou.
Ela classificou esses indivíduos como “trabalhadores megaexplorados, sem seus direitos garantidos”, que atuam em um setor que movimenta valores bilionários justamente por não sofrer qualquer tipo de tributação.

Críticas à Lavagem de Dinheiro

A parlamentar do PSOL finalizou sua tese afirmando que o lucro obtido com a atividade ilícita é posteriormente integrado ao sistema financeiro legal. “É esse dinheiro que é lavado depois na Avenida Faria Lima”, disse, referindo-se ao centro financeiro de São Paulo.
Karen Santos concluiu criticando a repercussão da operação policial por setores da direita, acusando-os de “rebaixamento da discussão política” e de incentivar “estigmas racistas e elitistas” contra a população mais discriminada.

Para Entender o Caso

⦿ O que aconteceu: Vereadora comparou traficantes a “trabalhadores” e drogas a “mercadorias” legais.
⦿ Quando e onde: Quarta-feira (29 de maio), na Câmara Municipal de Porto Alegre (RS).
⦿ Quem está envolvido: Vereadora Karen Santos (PSOL).
⦿ Contexto: Discurso crítico a uma megaoperação policial ocorrida no Rio de Janeiro (28 de maio).
⦿ Argumento principal: A proibição das drogas gera superexploração de trabalhadores e lucros não taxados que são lavados no sistema financeiro.
⦿ Edição e Redação: Equipe de Jornalismo do Portal de Minas | Fonte: https://www.msn.com/ | Imagens: Divulgação

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