Cartéis latino‑americanos lavam dinheiro com criptomoedas

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Operação no Chile expõe rede do Tren de Aragua e bloqueia US$ 13,5 milhões

Autoridades chilenas desarticularam, entre março e junho de 2025, um braço internacional da gangue venezuelana Tren de Aragua, responsável por converter ganhos ilegais em criptoativos e enviá‑los a sete países. A ação resultou em 52 prisões — 47 estrangeiros, 16 sem documentação regular — e no congelamento de 250 contas bancárias ou digitais, totalizando US$ 13,5 milhões em recursos ilícitos.

Rede de lavagem e multiplicidade de crimes

Investigadores rastrearam valores provenientes de tráfico humano, sequestros, extorsões, homicídios e microtráfico de drogas. Os criminosos utilizavam exchanges para transformar dinheiro vivo em criptomoedas, “sacar” os ativos em solo chileno e redistribuí‑los a cúmplices na Espanha, Estados Unidos e México.

Expansão e sofisticação do Tren de Aragua

Analistas comparam a estratégia à de cartéis mexicanos como Sinaloa e Jalisco. Além das transações digitais, o grupo opera restaurantes‑fachada, apostas on‑line e mineração ilegal, diversificando receitas e complicando o rastreamento financeiro.

Impacto limitado e desafios futuros

Especialistas alertam que, apesar do golpe, o montante retido representa apenas “uma gota no oceano” frente aos bilhões movimentados anualmente pelo crime organizado. A quadrilha já prevê perdas nas suas planilhas e deve buscar novos meios de ocultar capital.

Edição e Redação: Equipe de Jornalismo do Portal de Minas e Iturama em Foco | Fonte: Polícia de Investigações do Chile | Imagens: Divulgação

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