Medida do Banco Central visa prevenir fraudes e proteger usuários do sistema
Desde terça-feira (1º/07), os bancos brasileiros passaram a verificar com a Receita Federal os dados vinculados às chaves Pix de seus clientes. A medida tem como objetivo reforçar a segurança contra fraudes, especialmente em casos onde nomes de pessoas falecidas são associados a chaves fraudulentas.
Verificação busca evitar fraudes e inconsistências
A mudança, anunciada em março deste ano, prevê que as instituições financeiras cruzem as informações das chaves cadastradas com os dados da Receita. A medida corrige um problema identificado pelo próprio Banco Central, no qual criminosos associavam nomes diferentes às chaves reais para dificultar rastreamentos de transferências.
De acordo com o BC, a verificação e exclusão afetará apenas 1% das chaves Pix cadastradas. As principais inconsistências incluem CPFs de falecidos, documentos com grafia incorreta ou cadastros cancelados por fraude, duplicidade ou decisão judicial.
Dados que levarão à exclusão da chave
Segundo o levantamento oficial, os principais casos de inconsistência entre pessoas físicas incluem:
- 4,5 milhões de chaves com grafia inconsistente
- 3,5 milhões de chaves de pessoas já falecidas
- 30 mil CPFs suspensos
- 20 mil CPFs cancelados
- 100 CPFs nulos (fraude ou erro grave)
Para empresas, os problemas se concentram em:
- 984.981 CNPJs inaptos
- 651.023 CNPJs baixados
- 33.386 CNPJs suspensos
- CNPJs nulos, sem número informado pelo BC
Exclusão das chaves começa em julho
A exclusão das chaves inconsistentes está prevista para ocorrer a partir deste mês de julho. O Banco Central reforça que não haverá bloqueio de chaves por dívidas ou nome sujo, como circulou em fake news na época do anúncio. O foco da medida é exclusivamente a segurança do sistema e a integridade dos dados.
Edição e Redação: Equipe de Jornalismo do Portal de Minas e Iturama em Foco | Fonte: Agência Brasil | Imagens: Divulgação