Decisão judicial considerou que ele é responsável pela custódia de dois filhos menores; homem já responde por golpe similar no Maranhão
A Justiça concedeu liberdade provisória, na noite desta terça-feira (28/10), ao homem de 50 anos preso sob suspeita de simular uma doença grave do filho, de 12 anos, para arrecadar doações em igrejas de Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Um filho mais velho, de 22 anos, detido por suposta participação, também foi liberado.
O homem foi preso em flagrante na segunda-feira (27/10) pelos crimes de estelionato, corrupção de menores e uso de documento falso.
O golpe nas igrejas
De acordo com a Polícia Militar, o homem comparecia a diversos templos religiosos com o filho de 12 anos. Ele utilizava os microfones das igrejas e distribuía panfletos com dados de PIX, alegando que o menino sofria de um tumor cerebral e precisava de R$ 100 mil para uma cirurgia em São Paulo.
Relatos de vítimas indicam que o suspeito afirmava já ter arrecadado R$ 68 mil. A confiança era conquistada pelo fato de os pedidos serem feitos dentro dos centros religiosos. Os pedidos de doações também ocorriam em redes sociais.
A prisão na BR-365
Após denúncias, os militares identificaram o veículo usado pela dupla, um Volkswagen SpaceFox. O pai e o filho mais velho foram detidos na noite de segunda-feira (27/10) na BR-365, próximo a Buritizeiro (MG), a cerca de 248 quilômetros de Patos de Minas.
No carro, estavam os dois adultos e duas crianças – o menino de 12 anos usado na fraude e outro filho de 9 anos. No porta-malas, foram localizados R$ 5.975 em espécie, uma cadeira de rodas e panfletos. A PM também apreendeu diversos laudos e atestados médicos com indícios de falsificação, apresentando erros de grafia, incoerências e registros profissionais inexistentes.
Confissão e histórico criminal
Durante a abordagem, o pai tentou manter a farsa, afirmando que o filho não andava devido ao tumor. No entanto, segundo o registro policial, o menino estava em pé e andava normalmente, só se sentando a pedido do pai.
Questionada, a criança se contradisse e admitiu que seguia instruções paternas. “Recebi orientação do meu pai para que falasse nas paróquias que eu estava com problemas de coluna, com o intuito de ganhar dinheiro”, teria dito o menino aos policiais, afirmando não ter problemas de saúde.
O pai admitiu a simulação e que o filho mais velho cedia a conta bancária para as doações. Ele também informou ter tirado as crianças da escola há cerca de 10 dias para viajar aplicando o golpe. Foi constatado que o homem já responde a um processo por estelionato no Maranhão, onde teria usado outro filho, atualmente com 17 anos, para crimes semelhantes.
A soltura determinada pela Justiça
A decisão pela liberdade provisória foi assinada pela juíza Bárbara Colen Diniz, da Vara Criminal da Comarca de Pirapora. A magistrada considerou que o homem é o responsável pelo cuidado dos filhos menores, que teriam manifestado temor em retornar para a guarda da genitora.
A juíza destacou que a situação exige acompanhamento do Conselho Tutelar e da rede de assistência social, mas que a prisão em flagrante não se prestaria “a justificar a manutenção da prisão… como medida de proteção familiar”. O homem deverá comparecer mensalmente ao Juízo por 12 meses e manter o endereço atualizado, sob risco de ter a prisão decretada em caso de descumprimento.
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Edição e Redação: Equipe de Jornalismo do Portal de Minas
Fonte: Polícia Militar de Minas Gerais | Tribunal de Justiça de Minas Gerais | Apuração Local
Imagens: Divulgação/PM MG
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