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Belo Horizonte apresenta redução no endividamento

Queda pelo sétimo mês consecutivo reacende esperança, entretanto, números ainda persistem em patamares elevados

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Famílias com até 10 salários-mínimos enfrentam uma proporção ainda maior de endividamento. | Crédito: Adobe Stock

O endividamento das famílias em Belo Horizonte apresentou redução consistente pelo sétimo mês consecutivo. Os índices, ainda em estado alarmante, agora afetam 90,6% da população – uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior.

Os dados são do levantamento divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG). Segundo a entidade, sobre as contas em atraso, 50,1% da população passa enfrenta o desafio, embora exista uma tendência expressiva de queda nos últimos quatro meses. Por outro lado, 10,4% dos entrevistados afirmam que não terão condições de quitar as suas dívidas, um aumento pelo segundo mês consecutivo.

Segundo o economista-chefe da entidade, Stefan D’Amato, a queda nos índices de endividamento, a mudança nos padrões de consumo evidenciada pela diminuição do uso de cheque especial e carnês, bem como a conscientização sobre a gestão financeira são sinais positivos. Entretanto, o especialista ressalta que desafios persistentes como a ascensão da inadimplência e o prolongamento do período de comprometimento financeiro indicam que a estabilidade continua em construção.


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Outro ponto destacado pelo levantamento é a análise por faixa salarial. Ela mostra que as famílias com até 10 salários-mínimos enfrentam uma proporção ainda maior de endividamento em Belo Horizonte, atingindo 91,2%.

No entanto, para ambos os grupos a classificação predominante é a de “pouco endividados”, representando 42,8% (até 10 salários-mínimos) e 55,7% (acima de 10 salários-mínimos). O resultado reforça mudanças na dinâmica do endividamento, mostrando que mesmo em contextos financeiros diversos, a categoria de pouco endividados prevalece. 

A análise também apresenta um dado que vem se destacando nas últimas pesquisas: notória redução no espaço de cheques especiais e carnês como alternativa de pagamento, especialmente entre os entrevistados com renda familiar de até 10 salários-mínimos.

Além disso, observa-se diminuição nos pagamentos feitos por meio de cartão de crédito, com uma taxa geral de 89,4%, enquanto as famílias com renda até 10 salários-mínimos apresentam 88,6%, e aquelas com renda superior marcam 94,6%. 

O que esperar dos próximos meses?

O levantamento sugere que o fortalecimento econômico vem desempenhando um papel positivo, mas a proximidade de despesas sazonais demanda uma vigilância rigorosa no controle financeiro.

Para os próximos meses, D’Amato reforça que a expectativa é de que a vigilância rigorosa no controle financeiro por parte da população é um dos fatores decisivos para bons resultados e, por consequência, uma redução no endividamento em Belo Horizonte. “Embora o fortalecimento econômico tenha impactos positivos, é necessário enfrentar os desafios emergentes com criatividade e eficiência nas estratégias”, pontua.

A análise, segundo ele, revela um quadro dinâmico. E a construção de um futuro econômico sólido e próspero exigirá uma abordagem de cuidado e adaptação diante das nuances do cenário econômico em Belo Horizonte.

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